Desemprego fere a dignidade das pessoas

Na edição deste mês de O Vídeo do Papa, realizado pela Rede Mundial de Oração do Papa, o Papa Francisco desafia a proteger e assegurar os direitos dos trabalhadores de todo o mundo.

De acordo com o Santo Padre, através do trabalho, os cidadãos realizam-se como pessoas. Ele afeta diretamente a vida, a liberdade e a felicidade, desenvolvendo as capacidades intelectuais, criativas, afetivas e manuais. “A sua finalidade não se limita a si própria, mas implica o bem de todos”, continua.

Com regiões que em 2016 alcançaram um nível de desemprego superior a 25 por cento, o Papa adverte sobre as consequências que a falta de trabalho provoca na vida do homem. No Vídeo do Papa de outubro, o Sumo Pontífice realça que o desemprego fere a dignidade das pessoas e mexe com os valores fundamentais da sua integridade.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, existem zonas do mundo com situações críticas de desemprego. Entre os países com as taxas mais altas, encontram-se, na Europa, a Macedónia, com 26,7 por cento, a Grécia, com 23,9 por cento, e Espanha, com 19,45 por cento; em África, a Gâmbia tem 29,69 por cento, o Lesoto 27,42 por cento e a Suazilândia 25,98 por cento; na América, a República Dominicana tem 14,36 por cento, a Jamaica 13,26 e o Haiti 13,19 por cento; na Ásia as taxas mais elevadas são as de Omã (17,5 por cento), Iémen (17 por cento), Iraque (16 por cento), China (4,61 por cento) e Índia (3,46 por cento); e na Oceânia surgem em primeiro lugar as Ilhas Salomão (31,43 por cento) e a Nova Caledónia (14,86 por cento).

“Peçamos, irmãos, pelo mundo do trabalho, para que a todos se possa assegurar o respeito e a proteção dos seus direitos e se dê aos desempregados a oportunidade de contribuir com o trabalho para a construção do bem comum”, pede explicitamente o Papa Francisco.

Para o Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Juvenil (MEJ), Padre Fréderic Fornos, sj, o tema do emprego é “um dos principais desafios para os próximos anos”. “É algo sobre o qual o mundo da política e a sociedade devem trabalhar em conjunto para encontrar soluções sustentáveis e de longo prazo”, acrescentou.