Sexta-feira da terceira semana do Tempo Pascal

Hoje é dia vinte de abril, sexta-feira da terceira semana do Tempo Pascal.

Estás prestes a iniciar o teu momento de oração,
numa semana que em breve se conclui.
Vive-o como uma oportunidade de graça,
um sentimento de pertença e de gratidão
diante d’Aquele que está ao teu lado.
Abre os teus ouvidos e o teu coração
e coloca nos teus lábios as palavras da salvação.
Começa assim a tua oração.

 

Escuta esta passagem do Evangelho segundo São João. [Ev Jo 6, 52-59] 

Os judeus discutiam entre si:
«Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?».
Então Jesus disse-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Se não comerdes a carne do Filho do homem
e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna;
e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou
e Eu vivo pelo Pai,
também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu;
não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:
quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus,
ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum. 

As páginas bíblicas são povoadas pela linguagem da carne e do sangue, expressão do ser humano em todo o sofrimento e beleza da sua vida. Tem presente o sonho primordial expresso pelo livro do Génesis: «os dois serão uma só carne». 
Que a oração seja um caminho para que te sacies em Jesus-alimento e aprofundes a tua comunhão com Ele. 

Nas palavras do Evangelho temos um convite para saborear com maior intensidade o pão da eucaristia. Dar-se “a comer” é uma forma de interpenetração e de intimidade sem precedentes na história, uma “loucura”. 
Como vives a “loucura-mistério” da eucaristia? 

Fixa-te na promessa de Jesus: «Quem come o pão do Céu tem a vida eterna». Não te fiques pela vida eterna no sentido de vida depois da morte. Percebe e goza o eterno do já agora, aquela leveza, aquela liberdade eterna que experimentas quando, alimentado por Deus, és capaz de alimentar os teus irmãos. 

 

Agradece os pedaços de vida eterna que tens vivido e a forma como o pão da eucaristia tem permitido a abundância dessa refeição. 

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.