Terça-feira, memória litúrgica dos Santos Paulo Miki e Companheiros, mártires

Hoje é dia seis de fevereiro, terça-feira, memória litúrgica dos Santos Paulo Miki e Companheiros, mártires.

Não consideres a contemplação
como uma arte reservada a poucos. 
É um dom gratuito, apurado em cada dia
como o pão que pedimos e recebemos.
Na tua oração, pede ao Senhor o dom desta arte:
a contemplação das suas maravilhas, 
a atenção ao quotidiano, a beleza da Criação,
a escuta da história da Salvação e do testemunho dos mártires.

 

Escuta esta passagem do Primeiro Livro dos Reis. [L1 1 Rs 8, 22-23.27-30].

O rei Salomão, de pé, diante do altar do Senhor,
na presença de toda a assembleia de Israel,
estendeu as mãos para o Céu e disse:
«Senhor, Deus de Israel!
Não há nenhum Deus como Vós,
nem lá no alto dos céus, nem cá em baixo sobre a terra.
Vós sois fiel à aliança
e conservais a benevolência para com os vossos servos,
quando eles andam na vossa presença de todo o coração.
Mas será possível que Deus habite com os homens na terra?
Se os céus e os mais altos céus não podem abranger-Vos,
muito menos esta casa que eu edifiquei!
Estai atento, Senhor, meu Deus,
à prece e à oração do vosso servo,
escutai o apelo e a súplica que hoje Vos dirige.
Os vossos olhos estejam abertos, dia e noite,
sobre esta casa, sobre este lugar do qual dissestes:
‘Aí estará o meu nome’. 

 

O rei Salomão surge aqui numa oração, em público, de pé, com as mãos estendidas para o céu, dirigindo-se a Deus em nome de todos e invocando a sua benevolência. 
Imagina esta cena… Quais serão os sentimentos que Salomão pretende exprimir com estes gestos?

Salomão diz: «Mas será possível que Deus habite com os homens na terra? Se os céus e os mais altos céus não podem abranger-Vos…». 
Habituámo-nos a ouvir que Jesus é Deus feito homem. Pensa na profundidade e na grandeza desta afirmação. 

A oração de Salomão é como que a consagração do templo que ele mandou construir. Pensa nas igrejas que temos por esse mundo fora e pensa nas pessoas que lá entram, as preocupações que carregam, as súplicas que aí fazem… Pensa nas pessoas que, ao longo de anos – por vezes séculos – passaram nas igrejas pequenas e grandes de tantas cidades e aldeias. Junta a tua oração à oração do povo de Deus. 

Recorda as igrejas onde te sentiste em comunhão com Deus. Conclui o teu tempo de oração agradecendo ao Senhor estes lugares que alguém construiu com esforço e paciência, mas também com amor. São lugares de encontro com Deus, onde podes ir rezar com outros, ou a sós.

 

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.