Quinta-feira da quarta semana da Quaresma

Hoje é dia trinta de Março, quinta-feira da quarta semana da Quaresma. 

Não é fácil encontrar um momento de paragem
no meio de todas as ocupações
e preocupações que nos acompanham.
Por isso é tão valioso este tempo de oração
que agora inicias.
Vive-o com todo o teu ser,
oferece ao Senhor e a ti mesmo este momento;
permite-te um pouco de plenitude
no coração deste dia.

 

Escuta esta passagem do livro do Êxodo. [L 1 Ex 32, 7-14]. 

O Senhor falou a Moisés, dizendo:
«Desce depressa,
porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se.
Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei.
Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele,
ofereceram-lhe sacrifícios e disseram:
‘Este é o teu Deus, Israel,
aquele que te fez sair da terra do Egipto’».
O Senhor disse ainda a Moisés:
«Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz.
Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles
e os destrua. De ti farei uma grande nação».
Então Moisés procurou aplacar o Senhor seu Deus, dizendo:
«Por que razão, Senhor,
se há de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo,
que libertastes da terra do Egipto
com tão grande força e mão tão poderosa?
Porque hão de dizer os egípcios:
‘Foi com má intenção que o Senhor os fez sair,
para lhes dar a morte nas montanhas
e os exterminar da face da terra’?
Abandonai o furor da vossa ira
e desisti do mal contra o vosso povo.
Lembrai-Vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos,
a quem jurastes pelo vosso nome:
‘Farei a vossa descendência tão numerosa
como as estrelas do céu
e dar-lhe-ei para sempre em herança
toda a terra que vos prometi’».
Então o Senhor desistiu do mal
com que tinha ameaçado o seu povo. 

 

Pontos de oração

O povo eleito foi longe demais. Atreveu-se a chamar ‘deus libertador’ a um monte de metal que toscamente moldou. 
Talvez perguntes: “Como foi possível?”. Olha para ti e interroga-te se não andas lá perto quando não ligas ao Senhor, para preferir o trabalho das tuas mãos, o conforto do teu deleite, a tirania do teu “eu”. 

Moisés salvou Israel. Orou como quem tenta serenar, argumenta, faz repensar e acaba por conseguir que o Deus único mude o seu modo de agir. 
Moisés era amigo de Deus e falava com Ele como um amigo fala com o seu amigo. Falas assim com Deus na tua oração? 

A tua oração é poderosa se cultivares a amizade com Deus. Escuta de novo o Livro do Êxodo e tenta sentir a grande confiança mútua que se respira nesta conversa. 

 

Colóquio final

Diante de Deus não há causas irremediáveis. Pede ao Senhor, com audácia, pelas tuas intenções e confia sempre que Ele te escuta.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.