O Vídeo do Papa

Papa apela à denúncia das situações de corrupção

Na nova edição de O Vídeo do Papa, Francisco revela os males da corrupção e do crime organizado, contrapondo-os com a relação que existe entre a justiça e a beleza.

“Peçamos em conjunto para que aqueles que têm poder material, político ou espiritual não se deixem dominar pela corrupção”, desafia Francisco. “Devemos falar dela, denunciar os males que provoca e compreendê-la para mostrar a vontade de fazer prevalecer a misericórdia sobre a mesquinhez, a beleza sobre o nada”, acrescenta.

A edição deste mês é realizada pela primeira vez pela Rede Mundial de Oração do Papa, em colaboração com o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O cardeal Peter Turkson, Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, considera que “Não devemos falar de resolver a corrupção em teoria, mas combatê-la em cada um dos setores. Os pobres pagam a festa dos corruptos”.

Frédéric Fornos, sj, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, considera que “a corrupção afeta muitíssimas nações do mundo e é um mal que destrói e mata”, por isso, “não surpreende que o Papa tenha incluído o tema da corrupção nas intenções deste ano; é algo que o preocupa muito e a que se referiu em muitas oportunidades”.

O Vídeo do Papa sobre a corrupção junta-se a várias ações do Dicastério para dar visibilidade a este flagelo, como o Debate Sobre a Corrupção, que decorre a 3 de fevereiro, em Scampia, Nápoles, e no qual é apresentada esta edição de O Vídeo do Papa.

Papa pede respeito pelas minorias religiosas na Ásia

O Papa Francisco convida ao respeito e proteção dos cristãos e de todas as minorias religiosas da Ásia. Na primeira edição de O Vídeo do Papa de 2018, produzida pela Rede Mundial de Oração do Papa, o Santo Padre salienta também a importância de garantir que esses grupos religiosos possam viver a sua fé com absoluta liberdade em cada um dos países do continente.

"Peçamos por todos eles, para que, nos países asiáticos, os cristãos e as outras minorias religiosas possam viver a sua fé com toda a liberdade", sustenta. "Pomo-nos do lado dos homens e mulheres que lutam para não renunciar à sua identidade religiosa", acrescenta Francisco.

Com mais de 43 milhões de quilómetros quadrados, a Ásia é o maior continente do mundo e alberga uma quantidade inumerável de minorias religiosas. Em vários países, além do Cristianismo, estão presentes o Budismo, o Hinduísmo, o Jainismo, o Siquismo, o Taoísmo, o Xamanismo, o Confucionismo e o Zoroastrismo, entre outras. Muitas delas convivem pacificamente, mas em algumas regiões existem confrontos e perseguições religiosas.

"No variado mundo cultural da Ásia, a Igreja enfrenta muitos perigos e o seu trabalho ainda é mais difícil pelo facto de ser uma minoria", salienta o Santo Padre. "Estes perigos, estes desafios, são partilhados com outras tradições religiosas minoritárias, às quais nos une um desejo de sabedoria, verdade e santidade", sublinha.

"Há muito poucas semanas, o Papa visitou a Ásia – concretamente Myanmar e Bangladesh – e aí já tinha destacado a importância de que os diferentes credos religiosos pudessem viver em harmonia e paz", comenta o padre Frédéric Fornos, sj, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa. "A Ásia é um continente muito importante para o anúncio do Evangelho, um continente no qual convivem culturas e crenças muito diversas, com muitas minorias religiosas; por isso penso que Francisco decidiu dedicar este mês à oração pela liberdade religiosa de todos", acrescenta.