Quarta-feira da quarta semana do Tempo Pascal

Hoje é dia dez de maio, quarta-feira da quarta semana do Tempo Pascal. 

Estás prestes a iniciar o teu momento de oração.
Hoje, permite que ecoem no teu coração
estas palavras pronunciadas por Gregório Magno, no século sexto:
«Aquele que segue o Senhor na simplicidade do coração
é nutrido com um alimento de eterna frescura.
Que são afinal as pastagens destas ovelhas,
senão as profundas alegrias de um paraíso sempre verdejante?
O alimento dos eleitos
é o rosto de Deus, sempre presente». 

 

Escuta esta passagem do Evangelho segundo São João. [Ev Jo 12, 44-50]

Jesus disse em alta voz:
«Quem acredita em Mim
não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou;
e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou.
Eu vim ao mundo como luz,
para que todo aquele que acredita em Mim
não fique nas trevas.
Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar,
não sou Eu que o julgo,
porque não vim para julgar o mundo,
mas para o salvar.
Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras
tem quem o julgue:
a palavra que anunciei o julgará no último dia.
Porque Eu não falei por Mim próprio:
o Pai, que Me enviou,
é que determinou o que havia de dizer e anunciar.
E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna.
Portanto, as palavras que Eu digo,
digo-as como o Pai mas disse a Mim». 

 

Pontos de oração

Jesus é transparência do Pai e o Espírito Santo transparência do Filho. Ao acolheres Jesus na tua vida é o próprio Pai que acolhes, e ao entrares em comunhão com Jesus entras também em comunhão com o Pai. É no Pai que tudo tem origem: a confiança, o acolhimento, a comunhão. 
Procura estar assim no mundo: em comunhão com o Pai e de coração rasgado a quem se aproxima de ti. 

“Não vim para julgar o mundo, mas para o salvar.” 
Jesus não veio para te condenar, mas para te despertar para a vida em Deus, que habita no mais profundo de ti. Quando fechas os braços e o coração a Jesus, já vives como condenado. Procura ser alguém na vida: alguém que acorda nos outros a identidade mais profunda de filhos de Deus. 

“As palavras que Eu digo, digo-as como o Pai mas disse a Mim”. 
Jesus é a palavra do Pai. Jesus leva a termo a revelação do Pai e do seu mistério de salvação. Escuta de novo o Evangelho e fica atento às palavras de Jesus. 

 

Colóquio final

Pede a graça de te abrires ao mistério que quer ser a vida de Deus em ti. 

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.