Quinta-feira da décima quarta semana do Tempo Comum

Começa a tua oração
e dilata o teu coração
com estas palavras de louvor do Salmo trinta e seis:
«A tua bondade, Senhor, chega até aos céus,
e a tua fidelidade até às nuvens.
Ó Deus, que maravilhosa é a tua bondade!
Os humanos refugiam-se debaixo das tuas asas,
podem saciar-se da abundância da tua casa.
Tu os inebrias no rio das tuas delícias.
Em ti está a fonte da vida
e é na tua luz que vemos a luz».

Quarta-feira da décima quarta semana do Tempo Comum

Inácio de Antioquia, no século segundo da era cristã,
deixou numa das suas cartas
um apelo pela sua Igreja, 
já perseguida naquele tempo,
e pela qual haveria de viver a entrega plena do martírio.
Começa a tua oração
escutando as suas palavras e o seu apelo:
«Lembrai-vos de mim nas vossas orações,
para que chegue até Deus;
e lembrai-vos também da Igreja da Síria,
para que Deus se digne,
por meio da vossa Igreja,
derramar o seu orvalho sobre nós».

Segunda-feira da décima quarta semana do Tempo Comum

Começa a tua oração
deixando ressoar, no teu coração,
estas palavras de Sophia de Mello Andresen:
«Senhor, como estás longe e oculto e presente! 
Oiço apenas o ressoar do teu silêncio que avança para mim 
e a minha vida apenas toca a franja límpida da tua ausência. 
Fito em meu redor a solenidade das coisas 
como quem tenta decifrar uma escrita difícil. 
Mas és Tu quem me lês e me conheces. 
Faz que nada do meu ser se esconda». 

Décimo quarto domingo do Tempo Comum

Pode um jugo ser suave
e uma carga leve?
Pode algo revelar-se aos pequenos 
e esconder-se aos sábios e entendidos?
Pode um Filho revelar-nos
o rosto de um Deus que é Pai?
Esta é a maravilha maior da experiência cristã,
do Evangelho de um Reino de liberdade.
Hoje, coloca os teus jugos e cargas 
nas mãos do Senhor.
E mergulha nesta Boa Notícia de Graça.

Memória litúrgica de Santa Isabel de Portugal

Os relatos bíblicos
não te apresentam somente um modelo ético ou religioso
de uma humanidade perfeita
a que deveríamos aspirar.
Neles encontramos o sangue dos filhos sacrificados,
o clamor dos pobres a quem ninguém socorre,
a violência misturada no seio da história,
como o joio que cresce junto do trigo.
É no seio dessa história que
emerge a presença de Deus,
enviando profetas para aliviar o sofrimento dos irmãos.
Acolhe a história da humanidade
como Santa Isabel de Portugal acolheu o lamento dos pobres.
Reconhece nela o teu caminho.
Deixa-te enviar.
E começa assim a tua oração.